terça-feira, 22 de março de 2011

O que é uma Doença Mental? Quais as causas das Doenças Mentais?

O que é uma Doença Mental?

            Popularmente há uma tendência em julgar-se a sanidade da pessoa, de acordo com o seu comportamento, de acordo com sua adequação às conveniências socioculturais como, por exemplo, a obediência aos familiares, o sucesso no sistema de produção, a postura sexual, etc.
            Medicamente, Doença Mental pode ser entendida como uma variação mórbida do normal, variação esta capaz de produzir prejuízo no comportamento global da pessoa (social, ocupacional, familiar e pessoal) e/ou das pessoas com quem convive.
            A Organização Mundial de Saúde diz que o estado de completo bem-estar físico, mental e social define o que é saúde.


Quais as causas das Doenças Mentais?

            Assim como as demais doenças, podemos dizer que para se desenvolver uma Doença Mental há necessidade, no mínimo, de 2 factores: a disposição pessoal para a doença e dos agentes ocasionais.

Disposição Pessoal Original
                A disposição pessoal do indivíduo diz respeito aos seus Traços de Personalidade, às suas características constitucionais. Por constituição devemos entender a configuração permanente do indivíduo, tal como o seu fenótipo, ou seja, uma somatória dos elementos genéticos com os elementos ligados à sua pessoa durante o seu desenvolvimento. Fenótipo = Genótipo + Ambiente.
A disposição psíquica pessoal básica tem lugar nos momentos mais precoces da vida, constituindo a marca característica e perene do relacionamento da pessoa com o ambiente e consigo própria, constituindo a maneira do indivíduo contactar e reagir ao mundo objectual.
Entram na Disposição Pessoal Original também, todos os perfis constitucionais, tais como as suas características metabólicas, endócrinas, neurológicas, etc.

Agentes Ocasionais
Os agentes ocasionais são as vivências mais significativas que colocam em risco a adaptação do indivíduo ao mundo e consigo próprio. São as ameaças ao desequilíbrio de relacionamento da pessoa com a sua existência, as ameaças capazes de comprometer a relação de ajustamento do sujeito com o seu mundo objectual.
As vivências são mais traumáticas para determinados indivíduos mais vulneráveis à superação de conflitos e são, nestes indivíduos, os agentes ocasionais produtores das reacções neuróticas.

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